Quando a LEGO estava quase a beira da falência, a diretoria acreditou em especialistas teóricos dizendo que a nova geração era impaciente e estava “estragada” pelos videogames que entregavam tudo “mastigado”. Aumentaram o tamanho das peças, entre uma série de alterações para seguir instruções de quem estudava o mercado de longe, sem viver o dia a dia da essência LEGO.
Vendo que nada do que disseram resultou em um aumento de vendas, contrataram um especialista que se insere no cotidiano da empresa e dos consumidores. Em uma visita a casa de um garotinho, descobriram o que ele mais gostava era um tênis que mostrava todo o desgaste e detalhes que demonstravam todo seu treino e conquistas em ser um ótimo skatista.
Foi só aí que perceberam que na verdade a nova geração gostava de desafios, detalhes e formas de se exibir “como eram bons” no que se propunham a fazer. Então, voltaram com as peças pequenas, fizeram outras menores ainda para detalhes mais precisos, e desafiaram seus pequenos consumidores. O resultado? A LEGO voltou ao mercado com tudo.
_ As teorias do senso comum são importantes para uma visão macro, mas devem ser adaptadas para a realidade de cada empresa, observando a vida real, o meio em que ela está inserida. Um garotinho e um tênis velho mostraram a LEGO o que verdadeiramente importava para ele, e toda sua geração.
E você? Está prestando atenção direito?